Inteligência Emocional

O que é inteligência emocional

Inteligência Emocional é a capacidade de compreender e gerenciar os próprios sentimentos, e usufruí-las em benefício próprio, assim como compreender os sentimentos e comportamentos do outro. Sua essência se dá quando conseguimos conciliar o lado emocional e racional do cérebro, neutralizando as emoções negativas, as quais produzem comportamentos destrutivos e, então, potencializa as emoções positivas para gerar os resultados desejados. Pessoas que aprendem a lidar com a Inteligência Emocional sabem pensar, sentir e agir de forma inteligente e consciente, e não permitem que as suas emoções administrem sua vida e se acumulem de forma a atrapalhar sua qualidade de vida. A Inteligência Emocional é um processo gradual e que varia de pessoa para pessoa. Não apresse as coisas, não se desespere.

Vantagens da Inteligência Emocional

  • Diminuir os níveis de ansiedade e estresse;
  • Diminuir discussões nos seus relacionamentos;
  • Melhorar os relacionamentos interpessoais;
  • Ter mais empatia pelo outro;
  • Mais equilíbrio emocional;
  • Maior clareza nos objetivos e ações;
  • Melhorar a capacidade de tomada de decisão;
  • Melhorar a administração do tempo e produtividade;
  • Aumentar o nível de comprometimento com suas metas;
  • Ter mais senso de responsabilidade e uma melhor visão do futuro;
  • Aumentar a autoestima e autoconfiança.

Os pilares da Inteligência Emocional

1 – Conhecer as próprias emoções, seu corpo e comportamento.

O primeiro passo é se conhecer, analisar suas emoções e as ações que você faz em resposta aos estímulos. Essa é a chave da inteligência emocional! Preste atenção ao seu comportamento, observe como você age quando está sentindo certas emoções e como isso afeta sua vida. Lembre-se também de ouvir o lado físico do seu corpo, sensações e sentimentos como calafrios, por exemplo, podem sinalizar que você precisa prestar mais atenção ao momento. A nossa dica para você conhecer melhor as suas próprias emoções é colocar seus sentimentos e suas ações em um papel e, depois, refletir profundamente sobre isso. Uma vez que nos tornamos mais conscientes disto, é fácil julgar e começar a atribuir rótulos ao nosso comportamento.

2 – Controlar as emoções

Tenha em mente que todos nós passamos por momentos estressantes na vida, ou nos sentimos ansiosos por algum motivo. Aprender a lidar com as emoções e controlá-las te colocará na direção certa conforme cada situação. Você deve evitar pensar de imediato em um resultado negativo. Seja otimista, tente enxergar sempre o lado positivo das coisas e lembre-se que cada situação possui diversas saídas, basta você procurá-las. Criar um ambiente positivo, isso não só melhora a sua qualidade de vida, mas pode ser contagioso para as pessoas ao seu redor. Perceba o que está indo bem, o porquê e onde você se sente agradecido em sua vida.

3. Lide de frente com o estresse e a ansiedade

Saber lidar com estas situações estressantes pode fazer a diferença para manter o equilíbrio. Qu ando sob pressão, a coisa mais importante a ter em mente é manter a calma. Encontre uma distração, realize uma atividade prazerosa e canalize sua ansiedade, lavar o rosto com água fria, tomar ar fresco, evitar cafeína ou fazer exercícios intensos podem mudar muito a maneira como nos sentimos.

4. Não julgue ou mude seus sentimentos com muita rapidez 

Neste caso a pressa é inimiga da perfeição. Tente não descartar seus sentimentos antes de ter uma chance de pensá-los. Lembre-se que pensar antes de tomar as decisões lhe trará diversos benefícios e evitará o conflito com os seus pares e o arrependimento de seus atos. Emoções saudáveis muitas vezes se elevam e caem como uma onda, aumentando e desaparecendo naturalmente. Ao saber utilizar adequadamente suas emoções você chegará aos seus objetivos.

5. Pratique o “responder” ao invés do “reagir”

O cérebro emocional responde aos acontecimentos de forma mais rápida do que o cérebro pensante. Por isso é importante se concentrar em suas ações e perceber a diferença entre o responder e reagir. O processo de reagir é um processo inconsciente onde experimentamos um gatilho emocional e nos comportamos de forma inconsciente, expressando essa emoção de maneira instantânea. Já o responder é um processo consciente que envolve perceber como você se sente, depois decidir como você quer se comportar. Como dito antes, tome seu tempo e não se deixe reagir de maneira impulsiva e imediata.

6. Pratique a empatia

A empatia é sobre entender o próximo, reconhecer as suas emoções, como alguém se sente ou se comporta de determinada maneira e poder comunicar essa compreensão a eles nos torna mais sensíveis e abertos. O estado de empatia deve começar de você: quando se sentir ou se comportar de certa maneira, pergunte “Por que eu acho que estou me sentindo assim/fazendo isso?” A primeiro plano a resposta será “Eu não sei”, mas continue prestando atenção ao seus sentimentos e comportamentos, e você começará a notar diferentes respostas que chegam. Outro ponto chave para o sucesso é saber ter boas relações, guiando não só a sua qualidade de vida, mas também contagiando aqueles ao seu redor.

7. Conheça seus limites e saiba quando é suficiente

Há momentos em que é importante definir nossos limites adequadamente. Estes limites podem incluir o exercício do nosso direito de discordar, de dizer “não” sem se sentir culpado, de estabelecer nossas próprias prioridades e nos proteger da coação. E é importante saber quando é hora de mudar o seu foco. A inteligência emocional envolve não só a capacidade de olhar para dentro, mas também de estar presente no mundo ao seu redor.

Entender os pilares da Inteligência Emocional e aplicá-los diariamente, possibilitará a construção de relações saudáveis e tomada de decisões conscientes.

Sexualidade Infantil

O que é sexualidade?

 A OMS define que a sexualidade faz parte da personalidade de cada um, sendo uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que está relacionada à vida, sensações, sentimentos e emoções relacionados ao prazer. A sexualidade influência pensamentos, sentimentos, ações, interações, e portanto a saúde física e mental. Dessa maneira, como envolve diversas dimensões humanas, é um tema muitas vezes difícil de ser tratado e, por isso, permeado de dúvidas, preconceitos, estereótipos e tabus.

Sexualidade infantil

A sexualidade infantil difere da sexualidade adulta. A sexualidade das crianças não está relacionada apenas aos órgãos genitais e à relação sexual, mas sim à curiosidade com o sexo. Tal pulsão sexual satisfaz-se no próprio corpo, sendo denominada de auto erótica.
O desenvolvimento psicossexual passa, segundo Freud, pelas cinco fases: fase oral, fase anal, fase fálica, o período de latência, e a fase genital. As manifestações sexuais são aspectos naturais desse desenvolvimento.
A sexualidade está presente na vida do indivíduo desde o nascimento, é comum, e faz parte da vida da criança e vai sendo constituída pelos processos culturais sofrendo, portanto, transformações de acordo com os padrões da sexualidade de cada época.

Os cinco estágios psicossexuais de Freud:

Estágio Idade Zona erógena Tarefa desenvolvimental maior (fonte potencial de conflito) Algumas características adultas das crianças que ficaram “fixadas” neste estágio
Oral 0 a 1 Boca, lábios e língua Amamentação Comportamento oral, como fumar e comer demais; passividade e credulidade.
Anal 2 a 3 Ânus Treinamento esfincteriano Organização, parcimônia, obstinação, ou o oposto (extrema desorganização, por exemplo).
Fálica 4 a 5 Genitais Complexo de Édipo; identificação com o progenitor do mesmo sexo Vaidade, despreocupação e o oposto.
Latência 6 a 12 Nenhuma área específica; energia sexual adormecida Desenvolvimento dos mecanismos de defesa do ego Normalmente não ocorre fixação neste estágio.
Genital 13 a 18 e idade adulta  Genitais Intimidade sexual madura Os adultos que conseguiram integrar satisfatoriamente os estágios anteriores saem deste estágio com um interesse mais sincero pelos outros, satisfações realísticas, sexualidade madura.

Fonte: BEE, Helen. A criança em desenvolvimento.

Sexualidade em casa

É no ambiente familiar que a criança aprende os primeiros valores associados à sexualidade.  É através do comportamento dos pais entre si, nas relações com os filhos, nas recomendações, nas expressões, nos gestos e nas proibições que vão se estabelecendo os valores que a criança   irá incorporar. Para as crianças, as manifestações sexuais têm um caráter muito mais exploratório e pré-genital, ou seja, para elas, o significado da sexualidade é muito diferente do que normalmente é disseminado entre jovens e adultos. Por isso, os pais devem estar atento ao fato de que o ato sexual em si e as manifestações erotizantes da música e da televisão são manifestações pertinentes à sexualidade de jovens e de adultos, não das crianças. Compreender esse fato é fundamental para um trabalho de orientação sexual adequado em cada fase do desenvolvimento infantil. Logo, na rotina, o trabalho com as crianças estará focado fundamentalmente em temas como a identidade, o respeito a si próprio e ao próprio corpo, e às relações de gênero.

Banalização da sexualidade

 A sexualidade precoce adquiriu dimensões exacerbadas nos últimos anos. Com ajuda da proliferação da banalidade midiática, somada às músicas de forte apelo sexual, as crianças experimentam mais cedo o que deveria ocorrer naturalmente somente na adolescência.  A sexualidade, que era marcada pela puberdade, já veio ditada na infância. As crianças desenvolvem a sexualidade muito precoce, mas no sentido de curiosidade do próprio corpo, de estimulação corpórea. A antecipação da erotização observada hoje é proveniente de outros fatores. Passamos a ter o achatamento da infância e o alargamento da adolescência, com as pessoas evitando a velhice. Este problema acomete todos os níveis sociais. Nas classes mais pobres, em casas com geralmente um cômodo você pode ter a sexualidade de forma mais explícita do que na classe média alta, mas hoje as duas classes vivem a erotização da cultura. Um dos grandes vilões que antecipam tal erotização é a banalização dos meios de comunicação. O que a criança tinha como feio, a exposição da sexualidade, você vê materializado dentro da mídia, são músicas com gestos promíscuos, letras detrativas com teor de sexo implícito. Diante disso, crianças são submetidas a uma cultura onde a sexualidade denota poder de comando e autoridade. A criança vive fantasias e a mídia faz com que isso saia do imaginário e se concretize.

As consequências dessa antecipação são difíceis. Uma vida sexual sadia deve ser iniciada apenas quando o corpo e o psicológico estão desenvolvidos. Jovens que iniciam muito cedo tendem a banalização da sexualidade, a prostituição, as doenças sexualmente transmissíveis. Aparecem também as angústias e a depressão. É uma questão de saúde pública.